domingo, 23 de maio de 2010

Cara Élida

Nunca me esquecerei daquelas palavras: "preocupe-se com os defeitos que você não pode consertar, para todos os outros...use Mastercard"...
Brincadeiras à parte, é assim que começo esta história. Ouvi falar. As fontes não serão reveladas, assim como os protagonistas. Para estes, pseudônimos serão usados. Desta vez, não faço parte, apenas acho que vale a pena narrar.

Era mais um final de seman sem graça, quando Élida* deparou-se com o nada. Choro, preguiça, lágrimas e nada. A solução foi navegar...navegar, navegar e ingressar no conto de fadas virtual.
Plim! Plim! Lá estava ela em mais uma paquera em busca do príncipe virtual. e não é que a danada achou. Louro, pele bronzeada, conversa mansa, gentilezas virtuais...e...um encontro marcado.
O local sem nenhuma discrição, afinal, tranformar o imaginário em real poderia ser arriscado demais. E ela, com toda inteligência que lhe era peculiar, escolheu certo...o mercado*, este seria o local.
"E se ele for feio? E se a foto for de outra pessoa? E se for um sapo? E se?" . Ele chegou. Um homem simpático, sorridente, gentil como a internet...até ai, a nossa personagem não hesitou em demonstrar contentamento ao saber que não seria mais um impostor em sua vida, pelo menos naquele primeiro momento.
Tudo estava em ordem...aparência (primeira impressão é a que fica), papo, valores, família, trabalho...ihihihihihih...ia tudo bem...até que projetos futuros tornaram-se o tema da conversa.
ela sonha em ir pra direita, ele prefere começar pela esquerda. Ela acredita na leveza do ser, ele desconfia de tudo. Ela é branco, ele é roxo. Ela é da zona sul...e ele...
Bom, lembrando o começo desta história: há defeitos que podemos remediar...então, do mercado, para o cinema, do cinema, para jantares, bares, amigos, telefonemas...e...nada do vamos ver. É, esta Élida não é mais a mesma...agora que o Rodolfo* existe, nada dela se permitir.
Mas é compreensível. Quem conhece a história daquela jovem mulher entende que dar passos significa mudanças maiores que ela acredita alcançar. Ainda mais gostando do tempero baiano, mineiro, paulista, latino, francês etc, etc etc...É aquela velha história, tá com tudo e não tá prosa. Muito escolhe, nada tem. Olha o frasco, esquece a essência.


Pois é, e ai, esta moça indecisa tá cozinhando o Rodolfo...não te largo, porque te quero...não sei se te quero, por isto não te largo...e que cara paciente.

Cara Élida, me permita palpitar:
"Tire a armadura. Quebre paradigmas. Acredite que podemos mais do que o mundo oferece. O que está de fora podemos alterar de alguma forma, se quisermos. Mas o que importa é o que está lá dentro, se é oriundo de solo fértil, vale a pena cultivar, se não, ai sim, vale a pena abandonar."

Olha, preciso deixar pra depois esta história. Sei que ainda muito coisa terei pra contar. Preciso conversar mais com Élida*.


* Élida é um pseudônimo. A protagonista é uma grande amiga e ela nunca me perdoaria se seu nome fosse revelado...rs

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Concordo em gênero, número e grau com essa frase aí: "O que está de fora podemos alterar de alguma forma, se quisermos. Mas o que importa é o que está lá dentro, se é oriundo de solo fértil, vale a pena cultivar, se não, ai sim, vale a pena abandonar."

    Histórias sempre fazem parte da vida, significa que vivemos intensamente...

    Beijinhos Lara.

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